Um grande número de empresas que vende online, procura uma fórmula mágica para obter sucesso no e-Commerce. Porém, muitas vezes não conseguem olhar o básico de qualquer operação comercial, e às vezes até buscam o canal Internet com certa descrença nos possíveis resultados.
Resolvi compilar alguns dos pontos que considero mais críticos na execução do projeto de comércio eletrônico, e que as empresas costumam pecar, ou mesmo não considerar.
Equipe: Assim como qualquer canal de vendas o e-Commerce precisa de uma equipe. Quem vai ser o owner (dono) do projeto? Quais os profissionais vão ser responsáveis pela comunicação do canal? Quem vai segmentar os clientes? Quem vai atualizar o site? Essas são perguntas que devem ser respondidas antes do começo do projeto. As responsabilidades existem, como em qualquer área da empresa, o que exclui a possibilidade do e-Commerce ser apenas mais uma área do gerente comercial, ou mais atribuição do gestor de marketing. O e-Commerce tem que ser olhada como uma nova célula da empresa, que é integrada à todas as outras células da empresa.
Estoque: Ter ou não um estoque segregado é uma das escolhas mais importantes da operação. Partir do princípio da utilização do mesmo CD (centro de distribuição) da operação offline, ou utilizar-se de estoque de lojas físicas, para otimizar os custos e processos, requer mais cuidado na integração com os demais sistemas de gestão. Por outro lado, a utilização de estoque exclusivo para o e-Commerce tem uma série de vantagens, mas em algum momento na curva de crescimento da operação, existirá a possibilidade na perda de performance. Outro ponto a ser considerado é a terceirização desta operação, caso não tenha espaço ou expertise para a gestão logística. EM RESUMO, NÃO EXISTE UMA REGRA.
ERP: Se você precisava de apenas um empurrãozinho para a troca do ERP, o comércio eletrônico funciona como uma trombada. Lembrando que na Internet a operação é online 24h por dia, 7 dias por semana, indisponibilidade significa perda de venda. O sistema comércio eletrônico têm que estar integrado ao(s) legado(s), o controle do estoque depende dessa comunicação. O mais recomendado é a utilização de arquitetura SOA nesta integração.
PS. Existem hoje ERP’s focados na venda online!
Hosting: O que pesa mais na hora de compor uma solução de hosting é o link a ser utilizado. Por isso o dimensionamento de tráfego é tão importante, a conta é bem simples: multiplique o tamanho médio de suas páginas (que estão em KB, transforme-a em bits – X8) pela estimativa de page views, ache o pico de acessos simultâneos e através de uma média pnderada descobrirá o tamanho do link. Desconfie de hostings muito baratos: Ou se tornarão muito caros, ou não oferecerão a infra-estrutura e qualidade de serviços necessária para a manutenção do seu e-Commerce.
Publicidade: Apesar de defender como ninguém a integração de toda a área de comunicação de uma empresa, vivemos um sério dilema na Internet. A verba destinada a este canal ainda não é tentadora para a indústria publicitária offline, que por sua vez também não tem skills para web. Assim, temos dois cenários: empresas de médio e grande porte dividindo sua verba, atenção e estratégia entre duas agências (online e offline) e empresas de pequeno porte na dúvida por qual caminho seguir. Não existe um mundo ótimo ainda, e talvez nem existirá, o conselho é escolher bem seu parceiro de comunicação, procure empresas com foco em resultado, e que trabalhem bem a interação com uma segunda ou terceira agência.
Fraude: Esse é um fantasma que assola toda empresa que “abre suas portas na Internet”. O risco sempre vai existir, a diferença é como se faz a gestão. Além de sistemas que desenvolvem o que chamamos de rede neural para identificar possíveis fraudes, tenha pelo menos um analista de risco em sua equipe (ou terceirize se sua operação for pequena). Os produtos mais visados sãos os mais fáceis de revender, quanto mais específico for o mercado, menor o risco da loja virtual ser fraudada.
Um artigo IKEDA BLOG