As tecnologias RFID deverão assumir uma importância fundamental para gestão das cadeias de abastecimento, baseadas em arquitecturas orientadas a serviços. Trata-se de uma das mais importantes conclusões retiradas da apresentação de Michael ten Hompel da unidade de materiais e logística do Fraunhofer Institute.
Na visão do docente é infrutífero que se criem sistemas quie assumem a realidade e o quotidiano das cadeias de abastecimento com sendo previsíveis. A estratégia a adoptar pelas organizações não passará por tentar prever o que não é previsível. Em vez disso será mais importante criar ambientes inteligentes, com o objectivo de que sejam usados serviços em vez de processos, capazes de sejam executáveis em determinados prazos. “Isto leva a uma gestão orientada ao serviço, que engloba ambientes de software orientado ao serviço, em vez sistemas de gestão do abastecimento”, explica. Neste tipo de arquitectura de sistemas da informação é possível padronizar e unificar serviços em vez de processos porque um único serviço tem encapsulada uma só funcionalidade.
Apesar disto ser uma vantagem também acaba por ser uma desvantagem: “o número interfaces lógicos acaba por aumentar entre os serviços cada vez mais detalhados”. Mas é neste aspecto que as tecnologias RFID têm um importante papel. “A informação armazenada da etiquetas contornam os interfaces de uma maneira muito simples”. O facto de a informação necessária para identificar e controlar os artigos está armazenada nas etiquetas e não é preciso mais dados do que esses.
Logo o número de interfaces não precisa de aumentar. “A RFID não nos diz o futuro mas dá-nos informação em tempo real. E isso é o que precisamos para gerir os nossos sistemas”.